quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Helpless nights.

É engraçado deitar para dormir por esses dias. Tarde da madrugada, com sono e ainda não conseguir dormir. Ficar pensando nas palavras que jamais serão ditas - por faltar coragem e oportunidade -, bons momentos passados e fantasias que jamais virão a se tornarem realidade. Vontade do abraço, do beijo, de estar junto. Saudade do cheiro, saudade da saudade. Sem conversar, só olhar no olho. Só admirar. Respirar fundo e sentir amor, se perder no sentimento e sentir o ar sumindo. Sorrir e dar mordidas, apertar nos braços e dar beijo na testa. Sem precisar dizer nenhuma palavra; talvez apenas uma música de fundo. Só aproveitar o momento (que nunca existiu, só aqui dentro). Ou pegar no sono rápido e ter pesadelos. Engraçado, né? Imaginar coisas bonitas e sonhar com tragédias.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Julho de 2010.

Essa vida deixa a desejar para todo mundo que passa por ela. Existem muitas coisas que ninguém nunca chegou nem perto de conseguir entender. Mas às vezes eu queria poder... Mas dois anos é mais do que dois meses. Eu sobrevivi, e quero sobreviver de novo.
"Daqui a 50 anos eu ainda vou saber seu nome e vou me lembrar de todas as vezes que você me fez sorrir."

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dezembro de 2011.

... É um vazio tão grande, parece que tem um buraco ali. Tão difícil perceber se falta algo qualquer ou algo em específico. É um vazio que ninguém preenche. Mais estranho que isso é deitar na cama, ouvir música e, mentalmente, colocar toda a minha vida no lugar. Mas sempre tem uma coisa ali que não cabe em lugar nenhum, mesmo que ainda tenha um espaço vago. Pior ainda é sair da cama, abrir os olhos e perceber que a bagunça não foi organizada e não ter com quem colocar cada peça em seu devido lugar. Não poder ir além do que se quer, do que se sonha. Parece que todos os meus sonhos estão tão fora do meu alcance, tão impossíveis. Nada muda, é tudo igual. É tão engraçado desejar algo novo todos os dias e continuar sem mudanças. Sem surpresas. Olhar tão à frente e não conseguir enxergar absolutamente nada.

sábado, 4 de agosto de 2012

Outubro de 2010.

O vento úmido da chuva que caíra na noite anterior ainda estava na minha sala de visitas, tão clara, tão branca, porém tão vazia, trocava olhares comigo e com a caneca transbordando a chá de ervas, tão quente e ao mesmo tempo tão congelante. O vento me abraçava e arrepiava meus braços, a fim de congelar cada parte do meu corpo, de fazer explodir cada célula que me compunha. Bebi um gole do líquido ali exposto e estremeci, mas não de frio. “Oi, saudade! Com licença, você poderia, por favor, me arrumar um copo de capuccino? Completo sim, obrigada. É, assim é bom mesmo, ar frio + capuccino quente. Você poderia ouvir por um segundo o que eu tenho a dizer sobre aquela pessoa que você conhece tanto? Isso, isso. Bem, como eu posso começar? Me ajude, por favor. É que você a conhece tão bem quanto eu, senhorita. Não me entenda mal, saudade, você sabe muito bem o que eu estou querendo lhe dizer. É que não há ninguém no mundo capaz de roubar meu coração, porque ela já o fez, e eu não quero que ela me devolva, embora seja impossível tal fato vir a acontecer. O problema é você. Sim, você. Não interrompa e nem discorde, sabes do que eu digo, sabes de suas ações como ninguém. Não, não estou discutindo, nem me queixando. Hm, talvez só um pouco, mas está bem, agora escute, por favor. É que você torna tanta coisa mais difícil do que o habitual. Mas suas razões mudam de tempo em tempo. Você não tem razão. Me desculpe, só tentei ser um pouco mais específica, não que eu também queira que você permaneça. Saudade e vazio andam sempre juntos, certo? Certo. E, basicamente, não há salvação para isso, a menos que as duas coisas permitam certas aproximações de certa pessoa, não é? É. O vazio está sempre ali. Sempre. Por favor, tente compreender. Tente enxergar além das linhas do óbvio, faça um pequeno esforço e enxergue o desespero em meus olhos, em meus movimentos, em minha alma. Viver sem ela é viver em vão, é não ter lugar no mundo, é impossível respirar sem tê-la. Desculpe, mas você sabe que é."

sábado, 3 de março de 2012

Eu ouço certas músicas e lembro de tantas coisas boas que aconteceram comigo há uns quase dois anos atrás, até músicas que eu não ouvia na época. Me pergunto: É normal isso? Sinto tanta saudade das pessoas que antes estavam na minha vida e hoje não estão mais, nem se lembram mais de mim. De novo: É normal isso? Não sei mais em que mundo eu estou e por que diabos estou aqui ainda, sem ninguém. Todos os que me importavam não estão aqui como antes. Me pergunto se algum dia conseguirei ter novamente mais algumas destas pessoas em minha vida de novo, se vou ganhar um abraço e um beijo de alguém quando essa pessoa vier ao meu encontro. São tantas perguntas sem nenhuma resposta. É frustrante. Inventar o futuro e chegar lá pra ser tudo tão diferente. Vale a pena isso, então?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Difícil olhar para trás e ver tanta coisa jogada no lixo, tantos dias de espera ao invés de tentativas precisas. Tão bom olhar para trás e ter lembranças de uma certa noite em que você me fez jogar o chiclete fora para que pudesse me beijar. Difícil pensar no sofrimento que você teve que aguentar por mim e imaginar que tudo poderia ter sido diferente. Arrependimento é uma palavra que jamais descreveria o que guardo comigo e que me atormenta a cada dia de minha vida. É quando você vê que tudo aquilo que você causou, voltou para você com uma força imensamente impiedosa. Tão difícil ter que dizer adeus toda vez que eu te vejo, saber que, quando eu pude, eu não quis te abraçar com tanta força quanto uma noite você me apertou em seus braços. Parece até inaceditável, voltar a essas memórias e perceber que eu não soube aproveitar do jeito que hoje, eu aproveitaria. Quando tudo acaba, parece até que nunca nos conhecemos realmente, que tudo aquilo não passava de beijos e abraços e algumas poucas palavras quando, o que eu mais esperava, eram longas conversas e risadas sem fim. Me lembro tão nitidamente dos seus olhos na luz do sol, naquele ônibus imundo onde eu adorava me sentar do seu lado e te ver olhando pela janela. Parece mentira. É ruim ser pega pensando em como eu estaria hoje se ainda o tivesse. Se nos encontraríamos mais vezes. Pior ainda é desejar um novo começo, com um "oi, qual é o seu nome?". Um começo de verdade, conhecer desde o zero. Como se nunca nos tivéssemos visto antes, entende? Me pergunto se você tem essas memórias vivas. Se você se lembra de mim quando ouve alguma música. Já cheguei a pensar que sim, pelo fato de eu ter sido a sua pimeira menina. Mas depois de mim, deveriam ter vindo a segunda, terceira, por aí. Difícil aceitar o fato de você não me aceitar como amiga. No começo do fim, até parecia que sim, mas depois... Você foi deixando claro como cristal que existem amizades melhores que a minha, e certamente amor maior do que o que eu te ofereci, porque, de repente, você não precisou mais dele. Tenho vontade de morder sua bochecha e beijar sua testa. Queria te ver novamente, queria que você me visse, sinto curiosidade pela sua reação. Se você me cumprimentaria, se você sorriria ou apenas ignoraria. Queria que você me pedisse ajuda e depois me desse um abraço como agradecimento.

Happiness?

Descobertas. Tenho as feito com tanta frequencia ultimamente e a que mais me tocou foi que eu nunca, nunca havia me sentido feliz por alguém antes. Hoje eu descobri que posso sentir felicidade através das pessoas. Que isso não depende de mim, da minha vida, das minhas coisas. Fiquei tão feliz que eu não conseguia parar de sorrir. Me estranhei, senti vontade de fechar minha boca, queria me esconder do mundo, não queria mais sentir aquilo. Mas eu estava ali, aquilo foi mais forte do que eu, foi tomando conta de todo o meu corpo e eu quase pude sentir um arrepio. Foi uma sensação tão boa por um motivo que eu jamais imaginei. Não sei se essa felicidade depende da pessoa ou… Mas eu a senti e foi a melhor coisa do mundo pra mim, me senti um tanto quanto quase completa. Me fez bem. Sorrir me fez bem e eu imaginei o quanto essa pessoa estaria feliz também e que o fato de eu me sentir assim pelo mesmo motivo, o deixaria mais feliz ainda. Foi a coisa mais assustadora e maravilhosa que poderia ter me acontecido durante todos esses dias.
Em um dos seus papéis havia um desenho que você fez de mim. É, há anos atrás. Quando você era algo pra mim e eu significava tudo para você. Acho incrível o modo como me via. Cabelos pretos e gigantes, olhos perfeitos, corpo bonito... Completamente linda. Uma aparência que definitivamente eu não tenho. Na maioria deles eu parecia uma princesa. Uma princesa que se vestia de luto. Só vestia preto, nunca sorria. Parecia até que me enxergava por dentro. E só agora, observando e escrevendo que eu notei: você nunca me desenhou sorrindo. Até parece que sabia o quanto era difícil forçar um sorriso na maioria das vezes em que estivemos juntos. Outras vezes, eram risadas sem fim, sorrisos involuntários, mas parece que não era assim que você me via. Mas na verdade, você me fazia ser exatamente como me via: de preto e sem sorrisos. Parece que, quanto mais o tempo passava, mais eu ia apodrecendo por dentro e você nem ligava. Continuava me escondendo as coisas e me enganando, de certa forma. Você acabou fazendo comigo tudo o que não queria, e só percebeu anos depois.